Há um perigo real em tentar fazer demais muito cedo. Ninguém fica forte em um dia. Ninguém desperta em um dia. Continue praticando de forma consistente e você ficará surpreso com onde estará em um ano. Mas se for longe demais, rápido demais, você só estará traumatizando e re-traumatizando o corpo e a mente. Não é assim que se faz progresso. O progresso vem ao expandir lentamente sua equanimidade para incluir cada vez mais. Isso leva tempo e cultivo/prática intencional.
Ok, vamos aprofundar um pouco mais… Pelo que entendo, o seu modelo para SE e iluminação é perder o senso de um eu separado e encontrar um senso de união com a experiência de modo que toda experiência comunique “eu sou” ou “eu sou aquilo” ou “eu sou isso” ou “aquilo sou eu” ou “isso sou eu”. Em outras palavras, união íntima com a experiência. O detalhe complicado é que a realidade, por assim dizer, “não é dois” (não sujeito e objeto)… mas também “não é um” (não é união). Se a não-dualidade fosse união, chamar-se-ia união, não não-dualidade. Não dois, não um. Tornar-se íntimo é a direção certa, mas ainda é preciso vipassana. Intimidade pura torna-se jhana. Jhana é a direção certa, mas ainda é preciso vipassana. É importante notar como a experiência de “união”, a experiência “eu sou aquilo”, é simplesmente outro estado que pode ser notado. União ainda é um estado. Ela tem qualidades que podem ser reconhecidas. Podemos sentir quando estamos no estado de união e quando saímos dele. É um...