Uma coisa interessante é que o estado de Alta Equanimidade é muito semelhante ao espaço imaginativo de um estado semi-subconsciente. O meditador, com todo o trabalho prévio, pode entrar em estados sonhadores sem perder o "saber" sobre eles. Parece uma espécie de regressão, mas essa monitorização solta, mas consistente, da mente é o que caracteriza a Alta Equanimidade. O aspecto da clareza não é tão proeminente.
Em outras palavras, a entrada na correnteza não ocorre com mais e mais clareza. O que acontece é que, em certo ponto, a mente se torna capaz de "saber" tanto a clareza quanto a falta de clareza com a mesma mente que sabe. Torna-se claro que esse "saber" está além das condições e, de certa forma, além do nosso controle. Até mesmo a voz interna do pensamento é vista como um fluxo de entrada próprio, semelhante ao corpo, que tem sua própria largura de banda e fluxo de conteúdo. Assim, a preferência por precisão somática e ausência de pensamentos também começa a diminuir. Pensamentos são apenas sons de palavras. Emoções são pacotes de sensação e impulso.
A equanimidade (EQ) se estende a mais e mais estados mentais, além da clareza. Torna-se evidente que nenhuma dessas experiências está errada; é apenas a ganância, a aversão e a indiferença em relação às sensações, impulsos, emoções e pensamentos que criam os embaraços e lutas subsequentes. Assim, a mente começa a se tornar muito sensível à ganância, aversão e indiferença sutis e aprende a liberar essas corrupções. Tudo o que é necessário é um momento sem ganância, aversão ou indiferença — esse é o momento de clareza momentânea do estágio de conformidade (conformity nana). E então o resto do caminho e a fruição ocorrem...
Sessões em Alta Equanimidade podem ser muito fluídas, orgânicas e não manipulativas, o que pareceria uma "mente de macaco" para um meditador menos experiente. Mas, aqui, o meditador sabe o que está acontecendo, então é algo completamente diferente.
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